Originalmente publicado por SUT
Rafale cada vez mais próximo de Marrocos
Em estudo o fornecimento de 18 aeronaves
07.12.2006
Uma das negociações mais curiosas no campo das compras militares, tem sido a cada vez mais referida probabilidade de aquisição por parte do reino de Marrocos de 12 a 18 caças monoposto Rafale-C fabricados pela francesa DASSAULT.
Na realidade, da forma como o negócio tem vindo a ser apresentado, trata-se de uma aquisição por parte da Arábia Saudita, que poderia entregar as aeronaves a Marrocos. Inicialmente o negocio era visto como uma compensação por parte dos sauditas por causa da escolha do Eurofighter pela Força Aérea daquele país árabe.
Mais recentemente no entanto, têm surgido algumas sombras sobre a própria venda dos Eurofighter à Arábia Saudita, por causa de alegados problemas de corrupção que estão a ser investigados no Reino Unido, tendo as autoridades sauditas demonstrado o seu mal-estar com o estado das investigações, ameaçando mesmo cancelar o negócio.
Além da possível incorporação do Rafale na força aérea de Marrocos, está em estudo também a possibilidade de modernizar parte dos Mirage F-1 marroquinos, para um padrão mais moderno, o que trará a força aérea daquele país para um nível muito superior ao actual.
A Força Aérea de Marrocos, tem vindo a ver os seus principais vizinhos aumentar exponencialmente a sua capacidade militar. Por um lado a Espanha, equipada com aviões F-18 que estão a ser complementados por aeronaves Eurofighter, pretende com essa capacidade garantir a superioridade aérea sobre a zona do estreito de Gibraltar.
Do outro lado da fronteira a Argélia, que sempre foi considerada o principal adversário de Marrocos, assinou há alguns meses contratos com a Rússia para o fornecimento de 28 caças Sukhoi SU-30Mk2 e de 40 Mig-29, na versão SMT (a mais recente) a que se juntou a aquisição de aeronaves de treino e sistemas de defesa antiaérea S-300.
Neste espécie de mini corrida armamentista, Marrocos encontra-se numa posição de grande desvantagem, utilizando apenas aeronaves relativamente obsoletas como o F-5 e o Mirage-F1.
As duas esquadras de Mirage estão baseadas em Sidi Slimane no norte de Marrocos. Três esquadras de F-5 estão baseadas em Meknes, também no norte de Marrocos e uma outra esquadra está baseada no Sahara ocidental, presentemente ocupado por tropas marroquinas.
Não são conhecidos prazos para o possível negócio, e ele poderá ser condicionado pela eventual desistência da arábia Saudita da compra do Eurofighter, o que implicará a opção pelo Rafale. Neste caso não é provável que a Dassault entregue aeronaves a Marrocos antes de as entregar à Arábia Saudita.
Relativamente a Portugal, que naturalmente tem Marrocos como país vizinho que se encontra a apenas algumas centenas de quilómetros do Algarve, a aquisição deste meio aéreo por parte de Marrocos, coloca a Força Aérea Portuguesa numa posição de absoluta inferioridade. Não só os Mirage F-1 modernizados podem competir com os F-16 portugueses (dos quais apenas um pequeno numero foi modernizado) como os Rafale, se podem superiorizar em praticamente todos os aspectos aos aviões da Força Aérea Portuguesa.
Em estudo o fornecimento de 18 aeronaves
07.12.2006
Uma das negociações mais curiosas no campo das compras militares, tem sido a cada vez mais referida probabilidade de aquisição por parte do reino de Marrocos de 12 a 18 caças monoposto Rafale-C fabricados pela francesa DASSAULT.
Na realidade, da forma como o negócio tem vindo a ser apresentado, trata-se de uma aquisição por parte da Arábia Saudita, que poderia entregar as aeronaves a Marrocos. Inicialmente o negocio era visto como uma compensação por parte dos sauditas por causa da escolha do Eurofighter pela Força Aérea daquele país árabe.
Mais recentemente no entanto, têm surgido algumas sombras sobre a própria venda dos Eurofighter à Arábia Saudita, por causa de alegados problemas de corrupção que estão a ser investigados no Reino Unido, tendo as autoridades sauditas demonstrado o seu mal-estar com o estado das investigações, ameaçando mesmo cancelar o negócio.
Além da possível incorporação do Rafale na força aérea de Marrocos, está em estudo também a possibilidade de modernizar parte dos Mirage F-1 marroquinos, para um padrão mais moderno, o que trará a força aérea daquele país para um nível muito superior ao actual.
A Força Aérea de Marrocos, tem vindo a ver os seus principais vizinhos aumentar exponencialmente a sua capacidade militar. Por um lado a Espanha, equipada com aviões F-18 que estão a ser complementados por aeronaves Eurofighter, pretende com essa capacidade garantir a superioridade aérea sobre a zona do estreito de Gibraltar.
Do outro lado da fronteira a Argélia, que sempre foi considerada o principal adversário de Marrocos, assinou há alguns meses contratos com a Rússia para o fornecimento de 28 caças Sukhoi SU-30Mk2 e de 40 Mig-29, na versão SMT (a mais recente) a que se juntou a aquisição de aeronaves de treino e sistemas de defesa antiaérea S-300.
Neste espécie de mini corrida armamentista, Marrocos encontra-se numa posição de grande desvantagem, utilizando apenas aeronaves relativamente obsoletas como o F-5 e o Mirage-F1.
As duas esquadras de Mirage estão baseadas em Sidi Slimane no norte de Marrocos. Três esquadras de F-5 estão baseadas em Meknes, também no norte de Marrocos e uma outra esquadra está baseada no Sahara ocidental, presentemente ocupado por tropas marroquinas.
Não são conhecidos prazos para o possível negócio, e ele poderá ser condicionado pela eventual desistência da arábia Saudita da compra do Eurofighter, o que implicará a opção pelo Rafale. Neste caso não é provável que a Dassault entregue aeronaves a Marrocos antes de as entregar à Arábia Saudita.
Relativamente a Portugal, que naturalmente tem Marrocos como país vizinho que se encontra a apenas algumas centenas de quilómetros do Algarve, a aquisição deste meio aéreo por parte de Marrocos, coloca a Força Aérea Portuguesa numa posição de absoluta inferioridade. Não só os Mirage F-1 modernizados podem competir com os F-16 portugueses (dos quais apenas um pequeno numero foi modernizado) como os Rafale, se podem superiorizar em praticamente todos os aspectos aos aviões da Força Aérea Portuguesa.
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